segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Janaína

Na cama
Os cabelos se confundem,
E a respiração se perdi.

Ao amanhece,
O seu sorriso sem graça,
Monstra que fizemos algo errado.
Tento te beijar,
E você se esquiva
Para frente do espelho,
Passa seu batom vermelho
E se esconde nele.

Agora você volta a ser Janaina,
Com seu olhar malicioso
Seu sorriso escandaloso.

De quatro você vem até mim,
Abocanha meus seios
Sua mão vai descendo,
Me enlouquecendo.

Começamos a nos afogar nos beijos,
E de repente você me empurra
E seus olhos, olham para os meus.
Os sentimentos saem da minha mente
E travam na minha garganta.


Então volto a me perder no seu gozo.




Minto que consigo me salvar de você. (Janaína)

Ontem você me disse Eu Te Amo!
E por um momento
Esqueci de mim.

Mas o borrado que você deixou em minha boca
Me lembrou que não quero batom,
Quero vagina,
Então, virei as costas e sai
A procura de lábios desconhecidos
Me perdi, para não me perder em você

Mas ao acordar queria ver seus cabelos embaraçados
Sua pele molhada,
Sua respiração tranquila,
E não uma uma cama vazia.

Me troquei e voltei.
Você abriu a porta com cara de sono
E eu te abracei como se tivesse te perdido.

domingo, 23 de novembro de 2014

O egoismo vale quando se tem saudade


Escrevo essa carta, pois tenho saudade.

Saudade de quando dançávamos juntinhos na rua, sem ligar para as risadas das pessoas a nossa volta. Eu ficava com vergonha, mas mesmo assim você não deixava eu parar de dançar.

Se recorda das corridas sem propósito? Do nada eu começava a correr e você me seguia e quando eu não aguentava mais você vinha com seus sorrisos e os seus abraços acalmar a minha respiração.

Obrigada por entender essa minha parte louca, aquela que gritava na rua, que abraçava todo mundo, que fazia o que queria, na hora que queria, que ria de qualquer coisa, que conversava com todo mundo. Sei que você fez o possível para entender um mundo no qual você não tinha conhecimento, até então. E obrigada por me mostrar o seu mundo e me apresentar a uma parcela de mim, que eu mesma não conhecia.

Conversávamos, brigávamos para entendermos um ao outro, as vezes fico pensando qual dos dois teve que se adaptar mais para agradar o outro e chego a conclusão que ambos fizemos o possível para que aquilo desse certo.

Me desculpa por ter tido tantos medos e por isso ser egoísta a ponto de terminar, agora entendo que foi melhor assim, mas me desculpa mesmo assim.

Você foi e é importante não aguento mais você longe de mim. Então preciso ser egoísta pela ultima vez e dizer que quero você de volta na minha vida, quero sua amizade de volta, quero seus olhos, seus sorriso, suas palavra.

PS: Não precisa ser sexualmente. rs

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sexo II

Corpos no chão,
Minha buceta quer sexo
Meus lábios pau.

Ele quer gemer,
Eu quero gozar

Ele suspira a cada toque,
Eu grito a cada lambida.

Me coma!
Me coma!

Sexo

Quero sexo,
Gozo,
Gosto.

Ligo pra um.

Gritos
Gemidos
Gozamos
Transamos,
Gozamos
Cansamos

Me viro.
Ele sai.

sábado, 24 de maio de 2014

Preciso ficar calada

É... a partir de hoje me calarei, não direi mais nenhuma palavra a ninguém, porque sempre que tento puxar algum assunto com alguma pessoas, nada saí como planejado. Em vez de um elogio, saí algo terrível da minha boca.

Quando a pessoa estava olhando nos meus olhos, esperando qualquer palavra, no minimo decente, eu falava alguma coisa muito estupida e a pessoa se irritava e me deixava falando. Por causa disso decidi ficar quieta, ser só um rosto no meio da multidão.
Mas continuei com a minha rotina, ia nos bares com os amigos, ou saía sozinha quando estava entediada, o que era bem comum, quando se tem 27 anos e mora sozinha, mas sempre ficava CALADA.
Um dia me arrisquei a ir em uma festa que nunca havia colocado os pés.
Cheguei, peguei uma cerveja e fui para um canto. De lá comecei a observar, olhava para uma, para outra, sem mexer nenhum músculo, para que ninguém me notasse, mas claro que isso foi em vão, porque quando coloquei a cerveja na boca uma menina toda serelepe chegou gritando, gesticulando. Lhe retribui com um sorriso e um simples "Tudo bem com você?", porque essa frase era liberada.
Então ela começou a falar, falar e falar, e começou a ficar triste, tristes, mais tristes, começou a chorar, até suas palavras se misturarem com o choro fazendo perder todo o sentido do que ela dizia. Tentando ajuda-la lhe abracei, claro sem nenhuma intenção, e com o passar dos minutos ela começou a achar uma resposta a tudo o que lhe perturbava, voltou a sorrir e voltou a ser aquela pessoa serelepe que chegou em mim. Ela me abraçou, sorriu e foi embora.
No começo não entendi muito bem o que estava acontecendo, o que havia se passado, mas de algum modo ela tinha me deixado feliz, com aquele simples sorriso. Fui embora para casa, com aquele sorriso que ela havia me deixado.
No outro dia fui no mesmo lugar, ver se a menina ainda estava sorrindo.Fui para o meu cantinho e fiquei olhando. Um homem, que veio do além, porque não vi ele chegar, me abraçou e começou a chorar. Toda hora me perguntava o por que a sua ex o havia deixado, quando não perguntava chorava. Não podia responder, então lhe abracei e ele chorou, chorou mais e mais, e mais, e mais. Até perceber que ela não valia apena. Limpou as lágrimas, pediu desculpas, me agradeceu e foi embora, dançando e sorrindo.
Isso me deixou feliz igualzinho a menina, não sei por que, mas me deixou feliz.
Olhei para os lados e percebi a quantidade de pessoas tristes naquele lugar.
Então dia após dia eu fazia isso:transformava a minha alegria, na alegria do outro. Todos os dias abraçava pessoas, escutava elas.
A minha felicidade só aumentou, estava começando a entender o porque daquilo tudo.
Até encontrar Ela, tudo o que é clichê aconteceu comigo naquele momento, senti meu coração parar, minhas pernas e boca tremerem, senti um formigamento na minha barriga, fiquei paralisada na sua beleza a ponto dela notar que eu estava olhando para ela.
Pensei em ir até lá e lhe dar colo, mas não queria vê-la chorar, nem por um segundo.
Lhe olhei novamente e Ela estava olhando para mim. Tentava me mover, ir de encontro a ela, mas era impossível, seus olhos me penetravam tanto, que eu não tinha mais poder sobre mim. Ela começou a vir em minha direção, pegando toda a minha vida para ela.
Quando ficou a menos de um palmo de mim, ela sorriu, pegou meu rosto e juntou sua boca na minha. Ficamos ali, por algum tempo.
Quando abri meus olhos e soltei seus lábios, ela ainda guardava seu sorriso, lhe retribui o sorriso e com a forma mais doce e boba lhe confessei " Gostei disso.'
Então ela riu, o mais perfeito dos sorrisos, e com a voz mais doce disse - 'Você precisa aprender a falar." e respondi "Me ensina".
E Ela voltou a me beijar.