quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Há dois ano eu devia ter te matado


Noite escura
festa
Drogas,
bebidas
Ar que falta
Pulmão travado

Braços pra cuidar
Casa sem ninguém
Dedos que entram sem permissão

Inconsciência
Abre a boca
Enfia o pau
Dono do corpo morto

COVARDE!

Manhã
Sombria
Palavras para acolher

"Sim, te estuprei, desculpa"

Prissão
Choro
Desespero

E há dois anos
A Carcaça ainda tenta resistir



quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Sou mais forte que ontem



O quarto sem as roupas dela
Me dá um vazio,
Um medo,
Uma dor,
Mas uma esperança
Que agora posso ser eu

Sou muito orgulhoso dela
Ela passou por muitas coisas ruins
Foi violada de diversas formas
Vezes
Apanhou por apenas sorrir,
Por ser ela
Teve seu cérebro drenado....

Mas ela sobreviveu
Para que eu conseguir estar aqui hoje.
Sim,
Sou mais insensível,
Não confio,
Sou arisco,
Mas eu sobrevivi

E sou muito grato a ela/ por mim

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Falência

Falência do sentir
O ex menina 
Começa a implodir
Se destruindo a cada memória

Na mesa deixa escrito 

"Nada, 
Vazio
Não existo

Meus sentimentos 
Não chegam nos outros,
Os abraços são preenchidos
Com desespero,
Cama cheias de corpos
Que apenas vão,
Sentimentos
Que são engolidos
E vomitados
Diariamente"

Sente os comprimidos
Em seu estômago
A tentativa de liberdade
Começa a fazer efeito

A música que a prendia no mundo
Começa a ter o ritmo diminuído
E o som silenciado

Falência dos órgãos 
Seu corpo tenta negar

Cria sua própria lápide
" O ex menina,
 Ótimo Ninguém
 Perfeito inexistente
 Morte Tardia"

Senta no parapeito
A brisa acalenta a respiração
Levando a dor

O ex menina sorri
Vendo a dança que se forma
Embaixo de si
Reza, para aquilo que não acredita
Vela, pela sua vida

Sorri novamente 
LIBERDADE


terça-feira, 28 de junho de 2016

Sem verbos

Menina bonita
Bonita menina, mulher

Os olhos se cruzam,
Não sei quem és
Não desejo saber
Quero apenas
Que fique na memória
Sem romantização
Nem verbos

Mas preciso denominar
Sou pragmático
Poderia ser boca seca,
Tremedeira,
Inquietação
São todos verdades
Mas me preocupo com a Sonoridade
Talvez coração acelerado
Resume o que eu sinto
E tem um toque requintado

Os dias vão se seguindo
Seu olhar
Cada vez mais belíssimo
E meu coração perdido

Como exprimir o que sinto?
Conviver com isso?
Em silencio,
Está virando impossível

Mas não vou ceder
Sem verbos, já disse.







Sou eu?

Por mais que seja Eu
Não me olham
Não me sentem
Sou o que já viveram
O reflexo do que esperam
O passado

Os toque
Beijos
Caricias
Tem a intimidade que não temos
Tudo é feito em meu corpo
Mas não em mim

Fico a pensar
Vou ter que refletir
Para que não seja esquecido
Ou conseguirão
Me enxergar?

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Mymy


Ao vê la me escondi
Fiquei a observando de longe
Até que seus olhos me encontraram,
Ela veio até mim
E disse um  Oi tímido
E como sua  cópia
Respondi um Olá quase silenciosamente
Sem nenhuma uma palavra a soar
Decidi fugir
Precisava de ar
Meu coração não parava de acelerar

Respirei, expirei
respirei e expirei

Até que que duas mãos em meu cabelo fizeram
O ar se trancafiar em meu peito
Tentei me mexer,
Mas ela aproximou seu corpo em minhas costas
Seu coração batia vagarosamente

Os sorrisos envergonhados começaram a nascer
Sua respiração lenta começou a tocar minha nuca
Sua voz baixa começou a falar em meus ouvidos

"As pessoas estão nos olhando,
Mas está tudo bem"

Nos afastamos
Sabíamos que trocar caricias seria impossível

As vezes procurávamos aconchegos nos encontros de braços
Toques de dedos
E olhares sorridentes

Ficamos assim até a sua partida
Tentamos ir só,
Mas quando se está em grupo,
Impossível ficar só
Aceitamos a companhia de outras pessoas
Tentamos dialogar entre nós
Eu falava nada
E ela respondia coisa algumas

E as pessoas continuavam a nos observar
Talvez esperavam um beijo
O qual nem queríamos.

Nossos olhares perdidos tiveram que se afastar
Quando o seu ônibus foi embora

Com essa partida, talvez nada mais aconteça
Mas seus pulos, seus sorriso
E seus cabelos enrolados ficarão aqui
Bem aqui.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Platônica Paixao

Me enlouqueci pelo seus olhos de pureza fictícia.

Queria poder ter a coragem de lhe confidenciar
Que todas as noites fico a imaginar como devem ser suas mãos, dedos e língua.
Como sairia meus gemidos, ao entrar em contato com seu corpo
E como seria sentir sua respiração tão de perto.
Dizer que me apaixonei pelo seu primeiro sorriso
Poderia soar como loucura,
Mas é a verdade, insana, eu sei, mas é sincera

Quisera eu ter a coragem de lhe dizer: me fode