sábado, 12 de fevereiro de 2022

Destino vai te fuder

Contadore de historia usa sua vida e junta com coisas de ficções e realidade. Isso pra deixar o leitor se perguntando qual parte é inventada.


#vingança #ABUSO 


Eu vim de uma forma que só era ar, não sei explicar. Eu não tinha forma, voz, não existia me olhar, isso nem na minha mente vinha.

Só lembro do vento bater, era algo que parecia bom.


Apaguei e voltei por anos. 


Olhei por dentro de mim e mostrei o que sou, a mais uma curtina se abriu. Eu, eu tinha só 3 anos de idade a mais que a minha primeira recordação de abuso, aquele abuso que vc lembra e sente a sensação na pele quando lembra.


Lembro de guardar a dor, os gritos tão dentro que até hoje me culpava pelas lembranças que os outros alters tinham vivenciado.


 Mesmo que os alters carregassem 3 segundos de trauma, para depois eu e Nevoa ficar no lugar. É algo que nunca mais se perde, mesmo ele não sendo palpável. 


A gente não é trouxa e estuda ba carai e...


Pumft


As nuvens do inferno começaram a reinar, e eu apenas comecei sorrir, entendendo que este é meu lar. 

Sabe aquela história de consequência?

"Você faz a merda aih o destino vem e te fode?"

Então, amor, ajoelha e começa a me chamar de destino. 

Pq estuprador não se mata, pq se não tu eh preso... mas... não esquece... meu nome é DESTINO!


Texto: Tomtom, Nevoa e Layra

Verdade ou mentira, talvez noix te diga. XD

Bolsa de Crânios

A casa se silencia

Os gritos se intensificam

A cada luz apagada 

Vou deixando minha sanidade

Se liquefazer

Ela vai ligeira como um temporal

Me afogando a cada milésimo de segundo


Quanto menos som

No meu lar

Pior fica

O fone estourar gritando 

"Te quiero puta"

E as lembranças não param de vir

….

Não sou eu

Eu sei que nao sou eu

Porque eu tenho que ver?

Para

Arranho na última nota musical 

PARAAAAAAAAAAAA

...

As lembranças vem e não sou eu

As dores entram com o convite nas mãos 

Começa a perambular por meu cérebro 

A criança está ali, sozinha

Mas não sou eu

Nunca fui criança 

E mesmo assim sinto cada trauma

Se tatuar em minha alma

A cada dias que se arrasta

Mais roxos se imprimem

3 anos

4 anos

5 anos

7 anos

9 anos

….

Mas...

Não sou eu

Não é minha vida

EU SOU O SUYY

EU SOU o su……

….

Parece o Bu

São as lembranças do Bu

Acho

Ele tá olhando

Por entre as grades

E segura a mão 

Do irmãozinho

Ele fecha os olhos e 

Se junta aos choro.

Bu parece ter três anos,

Mas tem na verdade 5

E por isso tem mais dificuldade

Em subir no berço 

Ali se sente seguro.

Ao começar adormecer 

Uma mão o pega e

O arrasta pra fora 

E...

Para

Por favor

EU NÃO QUERO ISSO

NÃO QUERO SABER

EU NÃO QUERO SABER

O Bu me Abraça 

Todos Nóix tava vendo

Uns chora

Estamos ligados 

Pelos estupros

Fomos todos criados

Pra ansiar a morte

Outros nem se mexem.

Quero cuidar do BuYibo

Mas ele que vem

Pra me cuidar

...

Vou baixando o volume

A respiração consegue se libertar

AHHHHHHHHHHH

AHHHHHHHHHHH

Quebro tudo em volta

Ponho fogo

E cada vez que ele começa 

A adormecer,

Mais o atiço 

Com produtos inflamáveis 

São tantos diferentes

Que sei que

A casa se destruirá

O vermelho, amarelo, azul 

dançam no carvão esfarelado

Os ferros derreteram 

Até o chão 

Enchi o banheiro

Com explosivos

E dançamos 

Ao som dos seus

Estrondos 

E gargalhamos

Que nem loucos que somos

Quando o último 

Pó da última fundição 

Do banheiro se perdeu 

Vestimos nos nossos

Melhores vermelho glitter

Porque o vermelho sangue

Já é muito manjado. 

Festejamos.


Rimos, 

Somos

Morte

Destruição 

E óbvio 

Amor

Mas também 

Brincamos de sussurro, 

Seguimos avante

Nem que tenhamos que perder 

A bolsa com uns crânios 

Tipo, ops, caiu.

Ir nos encontros espíritas

E a minha formação da crisma

Me facilitou

A mexer com o invisível

Previsível, inimaginável.

O bom de estar no inferno

Há anos

É que a brasa é tão fria

Que meu corpo

Miss fio dental

Sorri.

Matar? 

Nunca pensei

Pois prefiro

Me divertir com balas de festim

Escolhendo cada pedaço 

Do corpo


E marcar

Cravando 

Fazendo 

Bem pior

Que fizeram com 

Nóix 

Se não aguentar, 

Tudo bem

Darei minha faca

Pra que você possa 

Sentir seu sangue escorrendo 

Enquanto sua respiração cessa.



Texto

Suy, Tomtom, Layra





quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Há dois ano eu devia ter te matado


Noite escura
festa
Drogas,
bebidas
Ar que falta
Pulmão travado

Braços pra cuidar
Casa sem ninguém
Dedos que entram sem permissão

Inconsciência
Abre a boca
Enfia o pau
Dono do corpo morto

COVARDE!

Manhã
Sombria
Palavras para acolher

"Sim, te estuprei, desculpa"

Prissão
Choro
Desespero

E há dois anos
A Carcaça ainda tenta resistir



quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Sou mais forte que ontem



O quarto sem as roupas dela
Me dá um vazio,
Um medo,
Uma dor,
Mas uma esperança
Que agora posso ser eu

Sou muito orgulhoso dela
Ela passou por muitas coisas ruins
Foi violada de diversas formas
Vezes
Apanhou por apenas sorrir,
Por ser ela
Teve seu cérebro drenado....

Mas ela sobreviveu
Para que eu conseguir estar aqui hoje.
Sim,
Sou mais insensível,
Não confio,
Sou arisco,
Mas eu sobrevivi

E sou muito grato a ela/ por mim

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Falência

Falência do sentir
O ex menina 
Começa a implodir
Se destruindo a cada memória

Na mesa deixa escrito 

"Nada, 
Vazio
Não existo

Meus sentimentos 
Não chegam nos outros,
Os abraços são preenchidos
Com desespero,
Cama cheias de corpos
Que apenas vão,
Sentimentos
Que são engolidos
E vomitados
Diariamente"

Sente os comprimidos
Em seu estômago
A tentativa de liberdade
Começa a fazer efeito

A música que a prendia no mundo
Começa a ter o ritmo diminuído
E o som silenciado

Falência dos órgãos 
Seu corpo tenta negar

Cria sua própria lápide
" O ex menina,
 Ótimo Ninguém
 Perfeito inexistente
 Morte Tardia"

Senta no parapeito
A brisa acalenta a respiração
Levando a dor

O ex menina sorri
Vendo a dança que se forma
Embaixo de si
Reza, para aquilo que não acredita
Vela, pela sua vida

Sorri novamente 
LIBERDADE


terça-feira, 28 de junho de 2016

Sem verbos

Menina bonita
Bonita menina, mulher

Os olhos se cruzam,
Não sei quem és
Não desejo saber
Quero apenas
Que fique na memória
Sem romantização
Nem verbos

Mas preciso denominar
Sou pragmático
Poderia ser boca seca,
Tremedeira,
Inquietação
São todos verdades
Mas me preocupo com a Sonoridade
Talvez coração acelerado
Resume o que eu sinto
E tem um toque requintado

Os dias vão se seguindo
Seu olhar
Cada vez mais belíssimo
E meu coração perdido

Como exprimir o que sinto?
Conviver com isso?
Em silencio,
Está virando impossível

Mas não vou ceder
Sem verbos, já disse.







Sou eu?

Por mais que seja Eu
Não me olham
Não me sentem
Sou o que já viveram
O reflexo do que esperam
O passado

Os toque
Beijos
Caricias
Tem a intimidade que não temos
Tudo é feito em meu corpo
Mas não em mim

Fico a pensar
Vou ter que refletir
Para que não seja esquecido
Ou conseguirão
Me enxergar?