segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dilaceraram-me

Mãos que tomam meu corpo.
Cada qual pega um pedaço da minha pele,
Tentam me dilacerar,
Tentam comer minha pele com suas mãos.
Sinto o calor de suas palmas
Irem de encontro aos meus órgãos,
Os músculos estão desistindo
De lutar para salva -lo.
Os órgãos mais rápidos
Aceleram seu desempenham
Quer morrer com honra
Com a honra de ter lutado pela a sua vida.
As mãos que não alcançaram meu corpo
Começam a ver qual irá desfalecer primeiro
As apostas são muitas
O dinheiro começa a entrar graças essa desgraça.
Gritam, gritam para saber quem vai ficar com o dinheiro.
Minha voz já não sai,
A dor já não existe,
Só os olhos estão conscientes.
Eu não consigo não olhar para a desgraça,
Sangue por toda parte,
Mãos por todos os lados,
Agora elas estão imóveis,
Estão a esperar o veredicto do vencedor.

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